Título original: “The Manchurian Candidate”. Ano: 1962. Direção: John Frankenheimer. Roteiro: George Axelrod, Richard Condon (livro “The Manchurian Candidate”). Elenco: Frank Sinatra, Lawrence Harvey, Janet Leigh, Henry Silva, James Gregory, Angela Lansbury. País: EUA. Produção: M.C. Productions, George Axelrod, John Frankenheimer. Fotografia: Lionel Lindon. Música: David Amram.
Sinopse: Veterano da Guerra da Coreia (Harvey), após ter sofrido lavagem cerebral pelos comunistas, se torna um potencial assassino político. Apenas outro ex-prisioneiro do mesmo conflito (Sinatra) tem a pista para impedir uma tragédia.
O período da Guerra Fria, particularmente durante o macartismo, gerou no cinema inúmeros thrillers de espionagem, em geral permeados de propaganda ideológica e paranoia. Aqui, John Frankenheimer tomou essa paranoia como matéria-prima e fez uma obra de arte. “The Manchurian Candidate” é, antes de tudo, uma amostra de excelência no uso da linguagem cinematográfica. Cada cena é um quadro móvel inesquecível. Todas têm uma carregada atmosfera onírica: a cena da lavagem cerebral, vista como uma convenção de donas-de-casa falando sobre jardinagem; o enigmático encontro de Sinatra com Janet Leigh no trem, em que ele decora o telefone dela; todas as cenas com Angela Lansbury, em excelente atuação como mãe dominadora de Harvey. O resultado final é um clássico, que alçou Frankenheimer ao primeiro time de realizadores de thrillers.
126 min.