Título original: “La Classe Operaia Va in Paradiso”. Ano: 1971. Direção: Elio Petri. Roteiro: Elio Petri, Ugo Pirro. Elenco: Gian Maria Volontè, Mariangela Melato, Gino Pernice, Luigi Diberti, Donato Castellaneta, Giuseppe Fortis, Corrado Solari, Flavio Bucci. País: Itália. Produção: Euro International Film (EIA), Ugo Tucci. Fotografia: Luigi Kuveiller. Música: Ennio Morriccone.
Sinopse: Lulu (Volontè), um operário modelo, vive alheio à militância política que ocorre dentro e ao redor da fábrica. Quando ele perde o dedo em um acidente de trabalho, todo seu estresse acumulado explode e sua postura em relação às estruturas que o cercam muda radicalmente.
“A Classe Operária Vai ao Paraiso” é um grande retrato de questões vividas intensamente no período. Deveria o trabalhador submeter-se ao patrão que lhe dava emprego ou aderir ao movimento sindical, reivindicando melhores condições de trabalho (ou mesmo adotar postura mais radical e lutar para mudar todo o sistema)? Se o padrão de consumo de Lulu e de sua família era garantido pelo emprego, também é certo que os níveis de energia e tempo gastos no trabalho arruinavam sua vida particular. O enfoque nessa esfera é um dos grandes méritos da história, sendo a desestruturação familiar claramente uma consequência direta do trabalho. Lulu é brilhantemente interpretado por Gian Maria Volonté, e é sua instabilidade emocional que conduz o ritmo do filme.
125 min.