Título original: “Groundhog Day”. Ano: 1993. Direção: Harold Ramis. Roteiro: Danny Rubin, Harold Ramis. Elenco: Bill Murray, Andie MacDowell, Chris Elliott, Stephen Tobolowsky, Brian Doyle-Murray, Marita Geraghty, Angela Paton. País: EUA. Produção: Columbia Pictures Corporation, Trevor Albert, Harold Ramis. Fotografia: John Bayley. Música: George Fenton.
Sinopse: Phil (Murray), um repórter ranzinza e egocêntrico, é enviado à cidade de Punxsutawney, juntamente com sua produtora (MacDowell) e o cameraman (Elliott), para cobrir o Dia da Marmota. Na manhã seguinte, ele percebe algo estranho: retornou ao dia anterior. Em todas as manhãs que se seguem, ele acorda no mesmo dia, sendo o único que notar o fenômeno. Sua reação é primeiramente de mau-humor, mas logo Phil percebe as possibilidades hedonísticas de uma vida sem dia seguinte. Mais tarde, o desespero o leva a frustradas tentativas de suicídio. Por fim, sem poder burlar a maldição, ele tenta viver uma vida com sentido mesmo preso naquele dia.
“Groundhog Day” tem uma premissa criativa, ainda que não inédita. Mas, se seu contemporâneo “Meia-Noite e Um” levou-a para o lado da ficção cintífica e da aventura, este “Feitiço do Tempo” não se preocupa em explicar nada. O diretor Harold Ramis (um ex-Caça-Fantasmas, assim como Murray) apenas mostra, de forma genial, as possibilidades da situação. Ao final, a moral da história se consolida sem necessidade de discurso. A abordagem de complexas questões filosóficas, morais e espirituais em uma história simples, leve e engraçada (algo tão incrível como uma infinidade de vidas em um só dia) fez deste filme um dos mais unânimes sucessos de crítica da década de 90.
101 min.