Título original: “Death Wish”. Ano: 1974. Direção: Michael Winner. Roteiro: Wendell Mayes, Brian Garfield (livro “Death Wish”). Elenco: Charles Bronson, Hope Lange, Vincent Gardenia, Steven Keats, William Redfield, Stuart Margolin, Stephen Elliott, Kathleen Tolan, Jeff Goldblum. País: EUA. Produção: Dino De Laurentiis Company, Hal Landers, Bobby Roberts. Fotografia: Arthur J. Ornitz. Música: Herbie Hancock.
Sinopse: Após a morte de sua esposa (Lange) em um assalto, um pacato cidadão (Bronson) passa a empreender uma cruzada solitária contra o crime.
Este primeiro “Desejo de Matar” sintetiza o pensamento da direita sobre violência de forma tão completa que chega a dar gosto. Mas, desviando o foco da ideologia para a psicologia, vemos que o que a fita tem de reacionária, tem de interessante. A exagerada cidade-pesadelo que envolve o arquiteto Paul Kersey reflete seu estado de espírito. Mais do que sobre vingança, o filme é sobre depressão. A cada criminoso que executa, o vigilante mata um pouco mais sua personalidade prévia, de liberal opositor à guerra. Ao final, fica claro que a intenção de seus passeios noturnos é suicida. Mas sabemos que o personagem sobrevive para as quatro continuações que, pelos vinte anos seguintes, fizeram de Charles Bronson sinônimo de vingador.
93 min.