Título original: “Le Déclin de L’empire Américain”. Ano: 1986. Direção: Denys Arcand. Roteiro: Denys Arcand, Gabriel Arcand, Mark Blandford. Elenco: Rémy Girard, Dominique Michel, Dorothée Berryman, Pierre Curzi, Louise Portal, Yves Jacques, Geneviève Rioux, Daniel Brière, Gabriel Arcand. País: Canadá. Produção: Corporation Image M & M, Malofilm, National Film Board of Canada, Roger Frappier, Pierre Gendron. Fotografia: Guy Dufaux. Música: François Dompierre.

Sinopse: Oito amigos, quase todos ligados ao departamento de História de uma universidade, terão uma confraternização à noite, na casa de campo de um deles. À tarde, as mulheres (Michel, Berryman, Portal e Rioux) se exercitam na academia, enquanto os homens (Girard, Curzi, Jacques e Brière) preparam a refeição. O tema de ambas as conversas é o mesmo: detalhes de suas vidas sexuais mantidos em segredo na presença do sexo oposto. 

Em “O Declínio do Império Americano”, o diretor Denys Arcand propõe uma reflexão sobre os rumos da civilização ocidental. Aceitamos o convite e, surpresa, temos servida, antes de mais nada, uma memorável comédia de costumes. Nela, os intelectuais não apenas divagam sobre a História do tempo presente. Apresentam-se, antes, como objetos do estudo. Suas aventuras sexuais e acadêmicas se confundem e refletem o cinismo de suas teorias. E, nesse mergulho abrupto do macro ao micro, é justamente a humanidade dos personagens que faz com que seus diálogos ininterruptos não sejam entediantes em nenhum momento. Ao contrário, os personagens cativam o espectador, que quer saber como seus dramas continuam mesmo depois do final da narrativa. Desejo que seria satisfeito em 2003, com a aclamada continuação “As Invasões Bárbaras”.

101 min.