Título original: “Gaslight”. Ano: 1944. Direção: George Cukor. Título alternativo: “The Murder in Thornton Square”. Roteiro: John Van Druten, Walter Reisch, John L. Balderston, Patrick Hamilton (peça “Gas Light”). Elenco: Charles Boyer, Ingrid Bergman, Joseph Cotten, May Whitty, Angela Lansbury, Barbara Everest, Emil Rameau, Edmund Breon. País: EUA. Produção: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), Arthur Hornblow Jr. Fotografia: Joseph Ruttenberg. Música: Bronislau Kaper.
Sinopse: Na Londres de 1875, uma famosa cantora de Ópera é assassinada em sua casa, crime que permaneceria sem solução. Anos depois, sua sobrinha (Bergman) e o marido (Boyer) vão viver na mesma casa em que ocorrera a tragédia. Intrigado com o estranho comportamento do casal, um policial (Cotten) decide reabrir o caso.
Ainda ecoava o suspiro de alívio de Diana Wynyard, ao final da versão britânica de “À Meia Luz” (1940), quando chegou a vez de Ingrid Bergman sofrer tormentos nas mãos de um marido sádico e manipulador. O sucesso desta segunda versão para o cinema da peça “Gas Light”, de Patrick Hamilton (1938), daria origem ao termo gaslighting, designação do modo específico de relação abusiva em que a vítima é levada a crer que está louca. Para além do caráter didático, que já tornaria a história relevante, trata-se de um suspense de primeira, em que o drama pessoal está intrinsecamente ligado ao instigante mistério a ser desvendado.
114 min.