Título original: “O Bandido da Luz Vermelha”. Ano: 1968. Direção: Rogério Sganzerla. Roteiro: Rogério Sganzerla. Elenco: Paulo Villaça, Helena Ignez, Pagano Sobrinho, Luiz Linhares, Hélio Aguiar, Mara Duval, Renato Consorte, Sérgio Mamberti. País: Brasil. Produção: Urano Filmes, José da Costa Cordeiro, José Alberto Reis, Rogério Sgarzela. Fotografia: Peter Overbeck. Música: Rogério Sgarzela.

Sinopse: A vida atribulada do notório criminoso “Bandido da Luz Vermelha” (Villaça) na Boca do Lixo paulistana. Se o Cinema Novo já era vanguarda, o Cinema Marginal (de Sgarzela, Bressane, Tonacci e outros) radicalizou ainda mais sua inovação, atingindo um patamar facilmente identificado como “genial” ou “demente”. A história real do famoso bandido é apenas a premissa para que adentremos um micro-universo de sordidez, violência e sensacionalismo (a narração como um programa policial de rádio e os letreiros luminosos são a grande marca do filme). A loucura, em que até a presença de discos voadores se torna aceitável, permeia uma boca do lixo que é amostra caótica do então chamado Terceiro Mundo (que “vai explodir”, e “quem estiver de sapato não sobra”). Genial, bestial ou (provavelmente) ambos, “O Bandido…” é um clássico.

92 min.