Título original: “O Quatrilho”. Ano: 1995. Direção: Fábio Barreto. Roteiro: Antônio Calmon, Leopoldo Serran, José Clemente Pozenato (livro “O Quatrilho”). Elenco: Glória Pires, Patricia Pillar, Alexandre Paternost, Bruno Campos, Gianfrancesco Guarnieri, José Lewgoy, Cecil Thiré, Cláudio Mamberti, Antônio Carlos Pires, Arcangelo Zorzi, José Vitor Castiel, Pedro Parenti. País: Brasil. Produção: Filmes do Equador, Luiz Carlos Barreto Produções Cinematográficas, Lucy Barreto. Fotografia: Félix Monti. Música: Jaques Morelenbaum, Caetano Veloso.
Sinopse: Em 1910, dois casais de imigrantes italianos (Pires, Paternost, Pillar e Campos) dividem o mesmo teto, em busca de prosperidade no sul do Brasil. Porém, uma grande paixão extraconjugal surge no meio deles, abalando suas vidas e a comunidade local.
“O Quatrilho” tornou-se um dos grandes símbolos da Retomada ao provar que, depois de quatro anos de quase total estagnação, o país poderia não só voltar a produzir filmes, como fazê-lo com padrão internacional de qualidade. Hoje, superado o seu contexto, a história dos casais cruzados pode ser analisada por seus próprios méritos. Nesse sentido, o grande salto da trama se dá no momento em que o foco é tirado daqueles que, movidos pela grande paixão, partem em busca do sonho, passando àqueles que ficam para recolher os cacos da realidade. Assim, o casal abandonado é que deverá lidar com a fofoca, a desconfiança e o julgamento da comunidade. Só então, na parte final, Glória Pires se revela como a estrela da fita, em atuação que garantiu seu lugar entre as grandes atrizes do cinema brasileiro.
92 min.