Título original: “You Can’t Take It with You”. Ano: 1938. Direção: Frank Capra. Roteiro: Robert Riskin, George S. Kaufman (peça), Moss Hart (peça). Elenco: Jean Arthur, James Stewart, Lionel Barrymore, Edward Arnold, Mischa Auer, Ann Miller, Spring Byington, Samuel S. Hinds, Donald Meek, H.B. Warner, Halliwell Hobbes, Dub Taylor, Mary Korbes, Lillian Yarbo, Eddie Rochester Anderson, Harry Davenport. País: EUA. Produção: Columbia Pictures Corporation, Frank Capra. Fotografia: Joseph Walker. Música: Dimitri Tiomkin.
Sinopse: Um poderoso banqueiro (Arnold) deseja comprar a casa de um viúvo despojado (Barrymore). Porém, o filho do primeiro (Stewart) se apaixona pela neta do segundo (Arthur), aproximando os dois universos culturais e familiares opostos. Um dos mais famosos “filmes de Capra” (quase um gênero, autoral que era o diretor), “Do Mundo Nada Se Leva” tem uma fala marcante, que reflete o período: “é só as coisas irem um pouco mal que se inventa um novo ‘ismo’: comunismo, fascismo, espiritualismo”. A despeito da frase, o “ismo” mais criticado no filme é o próprio capitalismo. Não em sentido abrangente (pois Capra não era propriamente um revolucionário), mas aquele capitalismo que põe o homem ao seu serviço, em vez de o servir, escravizando até mesmo o capitalista. Assim, o grande interesse da história, mais do que o romântico casal central e a cômica família da moça, é o processo de amolecimento do rígido personagem de Arnold, o banqueiro, que vê no de Barrymore, seu oposto, a simplicidade e a liberdade de que ele abriu mão.
126 min.