Título original: “Man Hunt”. Ano: 1941. Direção: Fritz Lang. Roteiro: Dudley Nichols, Geoffrey Household (livro “Rogue Male”). Elenco: Walter Pidgeon, Joan Bennett, George Sanders, John Carradine, Roddy McDowall, Ludwig Stössel, Heather Thatcher, Frederick Worlock. País: EUA. Produção: Twentieth Century Fox, Kenneth Macgowan. Fotografia: Arthur C. Miller. Música: Alfred Newman.
Sinopse: Alemanha, pouco antes do início da Segunda Guerra. O aristocrata inglês Alan Thorndike (Pidgeon), praticante de caça esportiva, tem Adolf Hitler na mira de seu rifle. Mas, antes que possa atirar, ele é detido por um guarda. Ainda que consiga milagrosamente escapar, Thorndike é perseguido por agentes nazistas até o Reino Unido, passando de caçador a caça.
Fritz Lang, ícone do expressionismo, dirige aqui seu primeiro filme americano de intriga internacional, gênero que proliferaria no iminente esforço de guerra norte-americano. Exilado desde os anos 30, o diretor volta, na ficção, à sua Alemanha natal, e brinca com o desejo, consciente ou não, de todos aqueles afetados pela tirania. Lang entrega um thriller redondo, em que até o interesse amoroso consegue se encaixar bem (uma prostituta do cais – interessantíssimo personagem de Bennett – cruza o tumultuado caminho do aristocrata). Além de muitas sutis provocações sociopolíticas e um epílogo de arrepiar, há ao menos duas geniais cenas de caçada humana: a do metrô (expressionismo puro) e o confronto final na caverna contra o oficial nazista (Sanders).
105 min.