Título original: “Broken Arrow”. Ano: 1950. Direção: Delmer Daves. Roteiro: Albert Maltz, Elliott Arnold (livro “Blood Brother”). Elenco: James Stewart, Jeff Chandler, Debra Paget, Basil Ruysdael, Will Geer, Joyce Mackenzie, Arthur Hunnicutt. País: EUA. Produção: Twentieth Century Fox, Julian Blaustein. Fotografia: Ernest Palmer. Música: Hugo Friedhofer.

Sinopse: No ano de 1870, a guerra entre os EUA e a nação Apache já se estende por 10 anos. Em busca de ouro, um ex-combatente euro-americano (Stewart) toma contato com a tribo do chefe Cochise (Chandler), entendendo sua cultura e sua causa. De volta à cidade de Tucson, ele empreenderá esforços para que a paz entre nativos e homens brancos seja alcançada.

“Broken Arrow” é comumente considerado um pioneiro dos faroestes revisionistas, aqueles em que finalmente podemos torcer pelo índio. No lugar da representação dos indígenas como forças da natureza, vemo-los aqui como sujeitos, membros de outras nações que devem ser respeitadas. O respeito ao diferente norteia o personagem de Stewart, que está cansado das muitas mortes causadas pela guerra. Sua missão não será fácil, visto que a via diplomática é sempre incerta e mais trabalhosa que a simplicidade estúpida da guerra. No entanto, muito mais difícil que negociar com os apaches será convencer seus conterrâneos americanos. Não são poucos entre eles que se apegaram à lógica da desumanização do outro, vendo no extermínio a única solução para o conflito. Por fim, se é um homem branco que inicia as tratativas de paz, a narrativa destaca a sabedoria do líder apache Cochise, fundamental para que as boas intenções atingissem resultados concretos.

93 min.