POR LEANDRO MURAD
Faroeste
Cartaz Matar ou Morrer
MATAR OU MORRER
High Noon
Fred Zinnemann - 1952

Título original: “High Noon”. Ano: 1952. Direção: Fred Zinnemann. Roteiro: Carl Foreman, John W. Cunningham (conto “Tin Star”). Elenco: Gary Cooper, Grace Kelly, Thomas Mitchell, Lloyd Bridges, Katy Jurado, Otto Kruger, Lon Chaney Jr., Harry Morgan, Ian McDonald, Lee Van Cleef. País: EUA. Produção: Stanley Kramer. Fotografia: Floyd Crosby. Música: Dmitri Tiomkin.

Sinopse: O xerife Will Kane (Cooper) fica sabendo que Frank Miller (McDonald), criminoso que ele prendera, foi solto e virá no trem do meio-dia, juntamente com o seu bando, para acertar suas contas. O xerife busca então auxílio entre os cidadãos de sua cidade, que um a um o abandonam.

Poucos filmes transmitem uma emoção tão grande quanto este western psicológico, talvez o melhor de todos os westerns. Seus 85 minutos de tensão são mostrados em tempo real, marcado nos muitos relógios focalizados pela câmera, conforme a hora fatal se aproxima. Para completar o suspense, ouvimos repetidamente a canção “Do Not Forsake Me, Oh My Darlin’” (de Dmitri Tiomkin e Ned Washington, cantada por Tex Ritter), realçando a sensação de medo que as sucessivas recusas de ajuda ao xerife trazem. Ao final, Kane terá de enfrentar sozinho (ou quase) seus adversários, em um duelo histórico. Hoje é quase imperceptível a metáfora política sobre o período macartista dos EUA, em que aqueles taxados de comunistas eram abandonados por seus amigos, por medo do poder maior. No entanto, assistir “High Noon” é uma experiência atemporal, e sua mensagem é válida para os mais diversos contextos históricos.

85 min.