POR LEANDRO MURAD
Faroeste
Cartaz Pat Garrett & Billy the Kid
PAT GARRETT AND BILLY THE KID
Pat Garrett and Billy the Kid
Sam Peckinpah - 1973

Título original: “Pat Garrett and Billy the Kid”. Ano: 1973. Direção: Sam Peckinpah. Roteiro: Rudy Wurlitzer. Elenco: James Coburn, Kris Kristofferson, Bob Dylan, Richard Jaeckel, Katy Jurado, John Beck, Chill Willis, Barry Sullivan, Jason Roboards, Jack Elam, Slim Pickens, R.G. Armstrong, Luke Askew, Richard Bright, Matt Clark, Rita Coolidge, Jack Dodson, Emilio Fernández, Paul Fix, L.Q. Jones, Jorge Russek, Charles Martin Smith, Harry Dean Stanton. País: EUA. Produção: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), Gordon Carroll. Fotografia: John Coquillon. Música: Bob Dylan.

Sinopse: Tendo se tornado xerife de Lincoln, Pat Garrett (Coburn) parte no encalço de seu velho amigo, o bandido Billy the Kid (Kristofferson). O poeta da violência Sam Peckinpah encerra aqui sua crônica sobre o ocaso do Velho Oeste, que começara em “Pistoleiros do Entardecer” (1962), atingindo o auge em “Meu Ódio Será Sua Herança” (1969). Aqui, Pat Garrett vê o país envelhecendo e quer envelhecer junto com ele. A violência não acabou, mas se formalizou e se subjugou às estruturas de poder: Garrett virou homem da lei e o “banditismo-arte” de Billy the Kid não pode mais existir. A beleza crepuscular do retratado declínio do Oeste Selvagem, nos anos 1880, coincide melancolicamente com o do próprio western cinematográfico, nos anos 1970. A presença de um sem número de atores que participaram de grandes faroestes é uma bela homenagem ao gênero. Suas figuras despertam de imediato o interesse do espectador, mas os personagens mal aparecem na tela e já vão bater na porta do céu. A propósito, o filme tem a antológica trilha sonora de Bob Dylan que, além de cantar a história, a observa, quase mudo, como o personagem Alias.

122 min.