Título original: “Frau im Mond”. Ano: 1929. Direção: Fritz Lang. Roteiro: Thea von Harbou (baseado em seu livro “A Mulher na Lua”). Elenco: Willy Fritsch, Gerda Maurus, Klaus Pohl, Fritz Rasp, Gustl Gstettenbaur, Gustav von Wangenheim. Produção: Universum Film (UFA), Fritz Lang-Film, Fritz Lang. Fotografia: Curt Courant, Oskar Fischinger, Konstantin Irmen-Tschet, Otto Kanturek. Música: Willy Schmidt-Gentner.

Sinopse: Entusiasta da exploração espacial (Fritsch) constrói um foguete para ir à Lua em busca de riquezas naturais. Gradualmente e com objetivos distintos, uma tripulação diversificada se junta a ele na empreitada, incluindo o cientista cujo trabalho inspirou o projeto (Pohl), um casal de assistentes (Wangenheim e Maurus), um espião chantagista (Rasp) e um garoto que se escondeu na nave antes da decolagem (Gstettenbaur).

Após o clássico robótico “Metrópolis” (1927), Fritz Lang e Thea von Harbou voltam à ficção científica, apontando agora para o espaço sideral. A despeito de sua primeira parte cheia de intrigas e espionagem, “A Mulher na Lua” se destaca como referência primordial para os filmes de viagens espaciais, sendo mesmo uma síntese do gênero. No foguete estão as disputas por poder e riqueza que acompanham inevitavelmente o avanço tecnológico, o fascínio juvenil alimentado pela literatura fantástica pulp, o medo do desconhecido e a ousadia desbravadora, a âncora da ciência e o sonho romântico. O seu destino, o inexplorado mundo da Lua, é o lugar onde esses dilemas se solucionam e o devaneio terrestre pode tornar-se real. E o belíssimo final, que é também um começo, faz toda a jornada valer a pena.

156 min.