POR LEANDRO MURAD
Ficção Científica
Cartaz Mad Max 2 - A Caçada Continua
MAD MAX 2 - A CAÇADA CONTINUA...
Mad Max 2
George Miller - 1981

Título original: “Mad Max 2”. Ano: 1981. Direção: George Miller. Título alternativo: “The Road Warrior”. Roteiro: Terry Hayes, George Miller, Brian Hannant. Elenco: Mel Gibson, Bruce Spence, Michael Preston, Max Phipps, Vernon Wells, Kjell Nilsson, Emil Minty, Virginia Hey, William Zappa, Arkie Whiteley. País: Austrália. Produção: Kennedy-Miller Productions, Byron Kennedy. Fotografia: Dean Semler. Música: Brian May.

Sinopse: No deserto australiano, UMA aldeia de refugiados do apocalipse nuclear é acossada por milícia de motoqueiros. Estes querem se apossar do poço ali guardado, que garante a abundância do recurso mais disputado desse desolado futuro: a gasolina. Mad Max, o guerreiro do asfalto (Gibson), será impelido a ajudar os habitantes locais a fugir de seus perseguidores, levando consigo um enorme estoque de combustível.

Longe de ser deslumbrante, o futuro próximo retratado no discreto “Mad Max”, de 1979, ia pouco além de uma versão ultraviolenta do presente. Mas o sucesso do filme possibilitou a produção bem mais robusta desta sequência. É aqui que somos realmente apresentados ao futurismo pós-apocalíptico conhecido hoje como “estilo Mad Max”, com sua estética e universo próprios construídos com virtuosismo pelo diretor George Miller. Aqui, a memória da civilização já está sepultada pela areia, e sobre ela restam apenas disputas selvagens por gasolina. O protagonista se aprimorou à perfeição na arte da sobrevivência, criando uma casca que esconde muito fundo seu doloroso passado. Este é mencionado apenas discretamente, no flashback da introdução e em uma insinuação no meio da fita. No mais, “Mad Max 2” é uma história fechada, sucinta, autossuficiente e muito bem contada. Ao redor de Max surgem personagens incríveis e bizarros: o menino fera (Minty), o capitão dos ares (Spence), o líder mascarado dos vilões (Nilsson) e seu bruto assecla (Wells), cuja sede de vingança é movida em grande parte por surpreendentes razões do coração. A ação é incrível, mas nada cansativa, subordinando-se à narrativa (e não o contrário, como é tão comum no gênero). Após muitas perseguições, explosões e acidentes fatais, há ainda um belo final-surpresa, eficiente e emocionante até hoje. 

95 min.