Título original: “Sunrise: A Song of Two Humans”. Ano: 1927. Direção: F.W. Murnau. Roteiro: Carl Mayer, Hermann Sudermann (conto “Die Reise nach Tilsit”). Elenco: George O’Brien, Janet Gaynor, Margaret Livingston, Bodil Rosing, J. Farrell MacDonald, Jane Winton, Arthur Housman, Eddie Boland. País: EUA. Produção: Fox Film Corporation, William Fox. Fotografia: Charles Rosher, Karl Struss.
Sinopse: Um homem do campo (O’Brien) se vê dividido quando sua amante, uma mulher da cidade (Livingston), o persuade a afogar sua esposa (Gaynor). Ele chega à beira de fazê-lo, em um passeio de barco, mas se arrepende na última hora. Mesmo assim, a esposa foge assustada para a cidade, e ele a segue, para se redimir. Lá começa a canção de dois humanos.
Uma singela história é apresentada com maestria por Murnau, no auge de sua virtuosidade. A simplicidade da história é preenchida com elementos de pura inspiração visual, criando cenas inesquecíveis, como a sequencia do porquinho fujão e a gag do cavalheiro obcecado com a alça do vestido. Há elementos de som, como burburinho de multidão e barulhos da cidade, que prenunciam mesmo o iminente cinema falado. Mas a fala, em si, é aqui dispensável: é a narrativa visual que faz do filme, ainda hoje, um clássico do cinema.
94 min.