Título original: “Schindler’s List”. Ano: 1993. Direção: Steven Spielberg. Roteiro: Steven Zaillian, Thomas Keneally (livro “Schindler’s Ark”). Elenco: Liam Neeson, Ben Kingsley, Ralph Fiennes, Caroline Goodall, Jonathan Sagall, Embeth Davidtz, Malgorzata Gebel, Shmuel Levy, Mark Ivanir, Béatrice Macola, Andrzej Seweryn, Friedrich von Thun, Krzysztof Luft. País: EUA. Produção: Universal Pictures, Amblin Entertainment, Branko Lustig, Gerald R. Molen, Steven Spielberg. Fotografia: Janusz Kaminski. Música: John Williams.

Sinopse: A inacreditável história do industrial (Neeson) que, em dado momento da vida, escolheu salvar vidas em detrimento da própria riqueza, em meio ao ápice da banalização do mal do nazismo. Para isso, utilizou-se de subornos e de suas boas relações com o partido, fazendo com que centenas de judeus fossem trabalhar em sua fábrica, escapando da morte certa nos campos de concentração.

Steven Spielberg tomou como missão pessoal levar aos cinemas esta história sobre o Holocausto. Nada mais adequado àqueles anos 90, em que se começava a dar atenção demasiada a teorias revisionistas e até negacionistas sobre a tragédia. A contribuição do diretor para que tamanho mal não caísse em esquecimento é plenamente cumprida neste filme. E mais, Spielberg o faz empregando sua conhecida habilidade em prender a atenção do espectador. Alcança tal feito, como se em um grande e tenso suspense, mesmo nas mais de três horas de uma história dura e cruel. Impressiona igualmente a fotografia em preto-e-branco de Janusz Kaminski, com detalhes pontuais em cores, nos momentos que indicam memórias mais vivas das testemunhas. Por fim, sobrevive o lirismo de uma obra que, acima de tudo, carrega imensa beleza e humanidade. Em resumo e sem mais delongas, “A Lista de Schindler” é uma obra-prima.

195 min.