Título original: “Breakfast at Tiffany’s”. Ano: 1961. Direção: Blake Edwards. Roteiro: George Axelrod, Truman Capote (livro “Bonequinha de Luxo”). Elenco: Audrey Hepburn, George Peppard, Patricia Neal, Buddy Ebsen, Martin Balsam, José Luis de Vilallonga, Mickey Rooney. País: EUA. Produção: Martin Jurow, Richard Shepherd. Fotografia: Franz Planer. Música: Henry Mancini.
Sinopse: Escritor (Peppard) muda-se para um prédio cheio de barulhos e festas de arromba. No centro da confusão está uma jovem (Hepburn) que vive às voltas com figurões embriagados.
Audrey Hepburn já era uma estrela de primeira grandeza desde “A Princesa e o Plebeu” (1953) e “Sabrina” (1954). Foi, no entanto, na figura da “Bonequinha de Luxo” Holly Golightly, com sua elegante espontaneidade e ao som da inesquecível canção “Moon River”, de Henry Mancini, que a atriz se cristalizou como ícone para as gerações futuras. Grande parte do encanto duradouro de “Breakfast at Tiffany’s” está em sua abordagem dos dilemas da liberdade. Não se trata aqui da escolha entre esta e a segurança, pois, de um jeito ou de outro, o desbunde é até mesmo convertido em meio de vida para os protagonistas. O que surge como ameaça inesperada é o afeto: a construção de uma relação profunda causa em Holly muito mais temor do que as consequências penais de alguns de seus displicentes favores. Sua relação com o gato sem nome, que rouba todas as cenas em que aparece, é símbolo perfeito dessa postura descompromissada, provocando do encanto ao tormento e, por fim, o caloroso alívio em meio à tempestade.
115 min.