Título original: “The Lady from Shanghai”. Ano: 1947. Direção: Orson Welles. Títulos alternativos: “A Dama de Xangai”; “A Dama de Shangai”. Roteiro: Orson Welles, Sherwood King (livro “If I Die Before I Wake”). Elenco: Rita Hayworth, Orson Welles, Everett Sloane, Glenn Anders, Ted de Corsia. País: EUA. Produção: Columbia Pictures Corporation, Mercury Productions, Orson Welles. Fotografia: Charles Lawton Jr. Música: Heinz Roemheld.
Sinopse: Encantado com a sedutora Elsa Bannister (Hayworth), o marinheiro Michael O’Hara (Welles) aceita o emprego de contramestre no iate do marido (Sloane) da moça. Lá ele acompanhará um cruzeiro de Nova York a São Francisco, mas isso acabará por colocá-lo no epicentro de uma complexa trama de homicídio. Ainda que menos mencionado entre as obras-primas de Welles, “A Dama de Shangai” é um dos melhores e mais puros filmes noir já feitos. A trama confusa (algo tão comum no gênero) nem chega a incomodar, pois o que prende a atenção é atitude perversa de mútua destruição dos “tubarões” que povoam a história. Eles protagonizam uma sucessão de hostilidades e traições, tendo como pano de fundo os cenários mais exóticos (e cinematograficamente desejáveis), culminando na antológica cena na casa de espelhos do parque de diversões. No meio disso tudo está o herói passivo e enfeitiçado de Welles que, segundo sua própria fala, tem grande talento para fazer papel de bobo. Felizmente, tanto quanto tem o próprio Welles para fazer grandes filmes.
87 min.