Título original: “Criss Cross”. Ano: 1949. Direção: Robert Siodmak. Roteiro: Daniel Fuchs, Don Tracy (livro “Criss Cross”). Elenco: Burt Lancaster, Yvonne De Carlo, Dan Duryea, Stephen McNally, Griff Barnett. País: EUA. Produção: Universal International Pictures (UI), Michael Kraike. Fotografia: Franz Planer. Música: Miklós Rózsa.
Sinopse: Na tentativa de reconquistar sua ex-mulher (De Carllo), por quem tem obsessão, motorista de carro forte (Lancaster) se junta a ela e à gangue de seu novo marido (Duryea) propondo assaltar o próprio carro forte em que trabalha.
No final da década de 40, dezenas de filmes noir eram realizados por ano nos EUA, entre exemplares menos e mais puros do gênero. “Baixeza” está entre estes últimos, apresentando as características essenciais do estilo. Em uma linha desta sinopse já estão todos os elementos narrativos típicos: uma mulher fatal que leva o homem à perdição (a famosa chave de cadeia) e um universo amoral permeado de traição, onde ninguém pode confiar em ninguém (criss cross, do título significa “traição”, realmente uma baixeza). Emoldure-se esse mundo fatalista cheio de corrupção humana em uma fotografia preto-e-branca expressionista, com narração em off e flashbacks, e temos o mais elegante dos gêneros.
88 min.