Título original: “What Ever Happened to Baby Jane?”. Ano: 1962. Direção: Robert Aldrich. Roteiro: Lukas Heller, Henry Farrell (livro “What Ever Happened to Baby Jane?). Elenco: Bette Davis, Joan Crawford, Victor Buono, Wesley Addy, Maidie Norman. País: EUA. Produção: Associates & Aldrich Company, Seven Arts Productions, Warner Bros. Pictures, Robert Aldrich. Fotografia: Ernest Haller. Música: Frank De Vol.
Sinopse: Em uma mansão, duas irmãs vivem isoladas. A mais velha, Jane Hudson (Davis), foi um dia a promissora estrela mirim Baby Jane. Mais tarde, a outra, Blanche (Crawford), se tornou uma atriz consagrada, mas um grave acidente interromperia sua carreira. Agora, a convivência entre elas é doentia, piorando gradualmente até as mais terríveis consequências.
Neste ótimo thriller psicológico, duas estrelas de primeira grandeza, Bette Davis e Joan Crawford, começaram a emprestar seu talento aos filmes de terror. E quão terrorífico não foi aqui o brilho de ambas: Aldrich dirige com excelência as duas potências em um suspense envolvente com grande tensão e surpresas. Entre os momentos marcantes da fita está a imagem de Baby Jane louca e decadente, exageradamente maquiada, cantando a assustadora “I’ve Written a Letter to Daddy”. Esta obra inaugurou um subgênero, o grand dame guignol: o terror com grandes damas da velha Hollywood (alguns comentadores definem o marco inicial mais longe, no noir “Crepúsculo dos Deuses”, de 1950). Na mesma seara, viriam “A Dama Enjaulada” (1964), com Olivia de Havilland, “Almas Mortas” (1964) e “Eu Vi que Foi Você” (1965), com Joan Crawford, “Nas Garras do Ódio” (1965), com Bette Davis, entre muitos outros.
134 min.