Título original: “Carlota Joaquina, Princesa do Brasil”. Ano: 1995. Direção: Carla Camurati. Roteiro: Carla Camurati, Melanie Dimantas, Angus Mitchell. Elenco: Marieta Severo, Marco Nanini, Ludmila Dayer, Brent Hieatt, Beth Goulart, Marcos Palmeira, Norton Nascimento, Eliana Fonseca, Antonio Abujamra, Maria Fernanda, Vera Holtz, Bel Kutner, Maria Ceiça, Chris Hieatt, Robert McCrea, Thales Pan Chacon, Jorge Cherques, Ney Latorraca. País: Brasil. Produção: Copacabana Filmes e Produções, Bianca de Felippes. Fotografia: Breno Silveira. Música: André Abujamra.
Sinopse: Ainda criança (Dayer), a princesa espanhola Carlota Joaquina (1775-1830) é desposada pelo infante português Dom João (Nanini). Já adulta (Severo), ela acompanha a família real portuguesa em sua fuga de Napoleão, rumo ao Brasil.
“Carlota Joaquina, Princesa do Brasil”, de Carla Camurati, marca a volta da produção cinematográfica brasileira – a Retomada – após os quatro anos de quase estagnação que se seguiram à interrupção abrupta de fomento, no início do governo Collor (1990). Entre a precariedade e a diversão, o filme é retrato de uma indústria que reaprendia a andar, após a promulgação da Lei do Audiovisual, já no governo Itamar Franco (1993). Há também outra História, a contada pelo filme. E, se sua representação da exploração europeia no Brasil, com linguagem fabulosa e intensa caricatura, é passível de crítica, a obra conserva importância pelas cenas marcadas na memória do público que, naqueles meados de anos 90, reaprendia também a gostar do cinema brasileiro.
100 min.