Título original: “Gone with the Wind”. Ano: 1939. Direção: Victor Fleming. Roteiro: Sidney Howard, Margaret Mitchell (livro “Gone with the Wind”). Elenco: Vivien Leigh, Clark Gable, Olivia de Havilland, Leslie Howard, Hattie McDaniel, Thomas Mitchell, Barbara O’Neil, Evelyn Keyes, George Reeves, Ann Rutherford, Fred Crane, Oscar Polk, Butterfly McQueen, Rand Brooks. País: EUA. Produção: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), Selznick International Pictures, David O. Selznick. Fotografia: Ernest Haller. Música: Max Steiner.
Sinopse: Em meio à Guerra Civil Americana, a difícil Scarlett O’Hara (Leigh) e o arredio machão Rhett Butler (Gable) vivem turbulento romance.
Esta aposta de David O. Selznick teve uma produção conturbada, com o diretor original, George Cukor, demitido pouco antes do início das filmagens, e o definitivo, Victor Fleming, chegando a afastar-se brevemente por exaustão (licença coberta por Sam Wood). O resultado da confusão foi simplesmente o maior sucesso da história do cinema, ainda hoje detentor do recorde de bilheteria, se corrigida a inflação de décadas. Cenas e falas inesquecíveis povoam o imaginário mesmo de quem não viu o filme, principalmente as que envolvem Clark Gable e Vivien Leigh. Ideologicamente, “…E o Vento Levou” é uma inegável exaltação do sul escravocrata e de sua cultura, carregando, junto com seus recordes, toda a problemática daí decorrente. É, também, o filme que resultou no primeiro Óscar concedido a uma pessoa negra, o prêmio de melhor atriz coadjuvante a Hattie McDaniel, sempre muito maior que os papéis estereotipados que lhe atribuíam. Mas, a despeito desse importante e inescapável contexto sociopolítico, o que mantém até hoje o interesse na obra é o fato de “…E o Vento Levou” ser um novelão cinematográfico de primeira.
238 min.