Título original: “The Spy Who Came in from the Cold”. Ano: 1965. Direção: Martin Ritt. Roteiro: Paul Dehn, Guy Trosper, John le Carré (livro “O Espião que Saiu do Frio”). Elenco: Richard Burton, Claire Bloom, Oskar Werner, Sam Wanamaker, George Voskovec, Rupert Davies, Cyril Cusack, Peter van Eyck, Micharl Hordern, Robert Hardy. País: Reino Unido. Produção: Salem Films Limited. Fotografia: Oswald Morris. Música: Sol Kaplan.
Sinopse: No auge da Guerra Fria, o espião britânico Alec Leamas (Burton) é enviado à Alemanha Oriental como agente duplo. Os comunistas acreditam que ele traiu seu país e deseja vender informações para eles. Leamas acredita que sua missão é desacreditar um agente inimigo (Eyck) entre os seus pares. Em algum momento, o que cada um acredita e o que quer fazer acreditar se confundem em uma intrincada teia de dissimulação e traição.
Nos anos 60, enquanto o espião popstar James Bond estourava as bilheterias na série 007, a refinada literatura de John Le Carré apresentava ao público a verdadeira essência da espionagem. No mundo real dos serviços de inteligência, funcionários civis de vidas apagadas “brincavam de cowboy” para garantir a segurança do homem comum, e ambos os lados do muro se igualavam na deslealdade de suas práticas. “O Espião que Saiu do Frio” foi a primeira adaptação fílmica de uma obra de Le Carré, sendo um dos maiores momentos do gênero na tela grande. Auxiliado pela bela fotografia em preto-e-branco de Oswald Morris, o diretor Martin Ritt capturou o cortante frio existencial daquela guerra silenciosa e interminável. Nela, a próxima saída ao relento poderia não ter volta.
112 min.