Título original: “Hereditary”. Ano: 2018. Direção: Ari Aster. Roteiro: Ari Aster. Elenco: Toni Collette, Gabriel Byrne, Milly Shapiro, Alex Wolff, Christy Summerhays, Morgan Lund, Mallory Bechtel, Jake Brown. País: EUA. Produção: PalmStar, Media Finch Entertainment, A24, Windy Hill Pictures, Kevin Scott Frakes Lars Knudsen Buddy Patrick. Fotografia: Pawel Pogorzelski. Música: Colin Stetson.

Sinopse: Após a morte de sua velha matriarca, uma família se vê envolvida em mistérios e tragédias que guardam uma terrível ligação sobrenatural.

Este é o filme mais representativo do espírito da produtora A24 que, ao reciclar o horror de choque dos anos 60 e 70, trouxe algo de novo à produção contemporânea. Nesse sentido, se o filme subsequente de Ari Aster, “Midsommar: O Mal Não Espera a Noite” (2019), seguiria de perto “O Homem de Palha” (1973), nesta sua estreia em longas, o horror familiar de “O Bebê de Rosemary”, de Roman Polanski, é a grande referência. O resultado é bom? Se por filme bom se entende aquele que é capaz de proporcionar uma experiência agradável, a resposta é não. “Hereditário” é incômodo, faz o espectador se sentir mal e prejudica sua noite de sono. Esse pacote, no entanto, parece ser exatamente o que muitos fãs e críticos esperam de um filme de terror, visto que a obra foi rapidamente alçada à categoria de novo clássico do gênero. E, inegavelmente, sua bizarra narrativa inclui a mais aterrorizante sequência vista no cinema em muito tempo.

127 min.